Quem diria, depois de 10 anos retornaria a este continente. – O destino – Uma viagem tranquila, oito horas de vôo partindo de Sampa, com uma companhia aérea africana prestando um serviço de bordo legal. É hora de descer do avião:
Última vista em solo de São Paulo
Vou caminhando, acompanhando os outros passageiros, um vôo lotado. Vontade de passar logo pela imigração e aduana, vontade de fumar. Logo após passar pela primeira porta uma policial da imigração olha para mim e pede meu passaporte. Já estava na minha mão.
– Você vai para onde?
– Vou ficar uns dias aqui em Johannesburgo e depois percorrer um pouco a África do Sul.
Bem, a policial da imigração fez várias perguntas. Algumas entedia bem e respondia, já outras precisava um pouco mais de tempo para traduzir na minha mente. Meu inglês além de ser péssimo está destreinado. Mas sei que falei que era escritor, que tinha um site de viagens que abordava culturas, o povo, e do importante que é viajar. Além claro de falar que este era o meu sexto passaporte, pois os outros estavam lotados de carimbos. Isso tudo na saída da porta, ambos em pé.
A policial com meu passaporte na mão pediu para eu a acompanhar. No trajeto fomos batendo um papo, até chegar aos balcões da imigração (onde se colocam os carimbos). Uma fila enorme. Ela:
– Venha!
O que ela fez: Passou por uma lateral e deu meu passaporte para o policial que estava no balcão, ele olhou e carimbou (90 dias), retornando a ela.
Novamente me disse:
– Siga-me!
E vamos nós a caminhar, aeroporto grande. Chegamos nas esteiras rolantes de onde surgem as bagagens, aguardamos uns 3 minutos. Ela deu meu passaporte para um outro policial ali próximo, junto estava o tichet de resgate da minha bagagem, falou algumas coisas para ele, as quais quase nada entendi, apenas que eu tinha 5 passaportes cheios de carimbos, e se foi.
A parte cômica, ele gritou o número do tichet para alguém que estava na parte interna da esteira. Mais uns 2 minutos e apareceu minha mochila. Peguei e ele disse:
– Siga-me!
Chegamos nos balcões da aduana, uma outra fila enorme. Havia uma sem ninguém, para essa nos dirigimos. Ele pede para eu preencher o papel da aduana, o preencho. Pede para eu abrir a mochila, a abro e começo a tirar o que tem dentro, ele gentilmente diz:
– Não, está bem!
Por fim diz:
– Bem-vindo a África do Sul, pode ir!
Estava liberado. Nunca tive um tratamento tão VIP num aeroporto, sei lá o porquê, mas sei que agradeci por não ter que pegar aquelas filas.
Primeira coisa, sair do aeroporto para fumar, segunda coisa, olhar tudo ao redor. É, Joanesburgo tem muitos brancos, branquelos, caras de ingleses, mas a maioria são negros. Retorno ao saguão do aeroporto, tudo com muita calma, vou ao banheiro, troco dólares pela moeda local, vou no balcão de informações até chegar aqui nesta pousada, a mais barata que havia, a mais barata para turistas, com certeza não é a mais barata de Johannesburgo, porém quando se chega em local desconhecido há que aceitar as regras e pagar.
Pousadinha simples, com uma senhora (branca) que faz a gerência e tudo mais, e o dono, ainda que sorria, sem expressão de saber ser carismático, um branco descendente de inglês, como todos os brancos daqui.
Informações daqui, dali e por final se descobre que Joanesburgo tem como atrativos: Museu Nelson Mandela, casa do Nelson Mandela, local onde Nelson Mandela foi presidente, dinheiro que tem a foto do Nelson Mandela, e um Estádio de futebol que foi construído para a Copa de 2010. – Johannesburgo é a maior cidade da África do Sul – No mais, muitas recomendações para jamais ir a tal local, evitar ao máximo caminhar pela noite em tais regiões, os preços são mais ou menos iguais aos de São Paulo, ou seja, caro.
Presente de um espanhol, um colchão inflável
Também uma pousada que permite usar a internet somente 1 hora por dia, fora isso, caso queira, R$ 20 reais a mais por dia. Tudo, por enquanto, sem muito sal, nem açúcar. Não é essa África que conheço e que quero participar e ver. Amanhã, acho que vou esticar o dedo, ver como se dão as caronas por este país.
Aqui usei a expressão branco e negro. Posso estar enganado, mas aqui em Johannesburgo se sente algo diferente em relação as cores dos seres humanos. Muito diferente dos outros países que conheci na África. Parece que o Apartheid, ainda que acabou, deixou sequelas feias.
Bairro Residencial, praticamente todos os proprietários são brancos
Ahhh, uma coisa que não se pode esquecer: 5 horas de diferença no fuso horário, para mais…
Enfim na África! 😀
Ola Edu. Quero dizer que estou muito contente com sua chegada na Africa. Imagino a emoção que você sentiu ao chegar no solo! Sinto que fazemos parte deste teu sonho e que viveremos grandes emoções. E já começou… Abcs. Felicidades.
Amigo, Tarcisio. Realmente estou contente, e mais ainda de poder compartilhar o que estou vivendo e aprendendo.
Abrazos sinceros
Grande Edu, ja chegou com os dedos nervosos para escrever, gostei das facilidades no aeroporto, queira deus que seja sempre assim, Imagino que seus 6 sentidos estão a mil.
Claro que vc não vai ao museu Mandela né, seria apenas mais um turista.
Abração meu caro , eu aqui ligado nos seus posts.
Grande Pedro, tem muitas coisas para escrever, se a conexão ajudar não faltará postagens.
Casa do Nelson Mandela é igual qualquer casa, só que ele ficou famoso… turista gosta de celebridades… rsrs
Abração, irmão