JAPÃO COM MENOS DE 15 REAIS AO DIA
Por: Emma Herrera
Meus queridos…
Objetivo alcançado, um bom título seria: “Japão com menos de 15 reais (5 Euros) ao dia”, porque assim foi, porém melhor algo mais profundo e correto seria: “Descobrindo a alma do Japão com menos de 5 euros ao dia”.

Não preciso dizer que o país é excessivamente caro para nós, de forma que a única maneira que tínhamos de sobreviver tem sido tal e como fizemos. Uma vez mais as pessoas foram as protagonistas deste lugar do mundo que pouco conhecíamos, não conta nossa visita de uma semana feita a quase seis anos atrás, pois, e como as cidades grandes não são as que ensinam a realidade dos países, Japão não foi a exceção.

Os Japoneses não são essas pessoas que muito crêem; reservadas, frias e robóticas que nós (europeus, pois brasileiros já conhecem bem os japa). Certo que as regras se faz cumprir com todo rigor, porém sem grandes dificuldades encontramos com pessoas quentes, amáveis, amigáveis e simpáticas, solidárias, educadas, curiosas, vibrantes e sim, apaixonadas…

Temos percorrido o país somente de carona, funcionou melhor do que o esperado, jamais passamos mais que uma hora a espera, e quase sempre, sem exceção, não houve um único carro que não tivesse desviado de seu caminho para nos levar ao nosso destino, às vezes, significando para eles muitos quilômetros extras.

Curiosamente as mulheres sozinhas no volante não parecem temer, e não sentem problemas em nos ajudar, neste país que nos pareceu muito mais machista que pensávamos, ainda que seja regra em todo o planeta o machismo. Aqui elas têm coisas fortes tais como: Os salários mais baixos, perdem seu sobrenome ao casar, e infelizmente aceitam de cabeça baixa muitas tradições relacionadas com a vida em casal. Por outro lado, desfrutamos com atitudes de muitas mulheres muito mais arrojadas que dos homens daqui.

Temos dormido sem pagar jamais, acampando em qualquer local, algumas vezes em templos, outras em casas particulares de pessoas que nos ajudam e até uma vez num cômodo e bonito hotel tradicional japonês.

Depois de muitos dias na estrada onde se vê toda a limpeza, pulcrititude, perfeição, etc. Desfrutando da grande beleza paisagística e incluída a arquitetônica, e na combinação de ambas me parecem algo espetacular. – Poucos países vi algo igual. – E ainda que não há mais locais selvagens para se descobrir neste país de imenso desenvolvimento em todos os aspectos, se encontra ainda precioso lugares tradicionais, onde se desfruta de uma vida autêntica.
A religião, ao contrário de Taiwan está bastante mais decadente, de forma que estes fantásticos templos que aqui encontras não estão repletos de crentes.

Para movermos pelo país seguimos uma rota traçada em parte por nosso desejo, e na grande parte pela direção que iam à maioria dos carros que nos davam caronas. Temos desfrutado, como usualmente, do que encontramos pelo caminho, sem se importar onde é o destino. Por conta disso, tudo se tornou absolutamente inesquecível, e como não nos limitamos as cidades principais, nem aos destinos mais turísticos, não encontramos com estrangeiros ocidentais. O normal aqui, entre os turistas é comprar um passe de trem e ficar passando de uma cidade grande a outra, onde um tour com seus guias bilíngues os levam aos destinos pré-moldados, já que é isso que o turista atual consegue visualizar como conhecer um país.
As caronas não são algo normal, somente alguns estudantes japoneses o praticam. Imagino que isso facilitou nossa experiência pela curiosidade que despertava ao verem dois ocidentais – “velhos” – caminhando e esticando o dedo pedindo carona.

Centenas de quilômetros percorridos e muitos desses caminhando, às vezes, baixo chuva. Fisicamente tem sido uma viagem cansativa, porém muito recompensadora pela experiência tão gratificante que temos vivido. Muito, muito amor nos hão demonstrado os japoneses, temos aprendido a querer este país, nos sentimos cômodos aqui. Adoramos a comida (igual Taiwan te oferecem de tudo), e até ficamos apaixonados por esses ruidozinhos que os japoneses emitem para expressar alegria, surpresa, admiração, ou qualquer outra emoção, algo assim como: Yuuuuuu, hiiiiiii, uuuuuu, yaaaaaa … Os japoneses são educados no mais alto grau. Demonstram o respeito com reverencias, inclinando e agradecendo infinita vezes, embora muitas vezes seria nós que deveríamos agradecer.

Depois de algum mau momento e erro, conseguimos aprender a manusear os vasos sanitários japoneses, uma vez que dominamos a utilidade e os botões. Essas espécies de naves espaciais se convertem em todo um desfrute para os sentidos.

Cierto Geya,tienes razón ,desgraciadamente esa es la norma en muchísimos lugares de este mundo.
No se porque tenía la idea de que en Japón eran menos machistas
Como en otras tantas cosas estaba equivocada …Pero nada mejor que lanzarse al camino para darse de bruces con la realidad….
“Os salários mais baixos, perdem seu sobrenome ao casar, e infelizmente aceitam de cabeça baixa muitas tradições relacionadas com a vida em casal.”: conheço muitos países onde acontece a mesma coisa… em Europa também!