E, então, após uma viagem pela Bolívia, Argentina e sul do Brasil, isso no início de 2005, retornamos a Suíça, já era maio.
A idéia de um motorhome ficou na cabeça.
Começamos a olhar lojas, fomos numa grande exposição de motorhomes em Genève, preços, os quais são muito mais baratos que no Brasil, como fazer para legalizar um motorhome estrangeiro no Brasil, etc.
Eis que fomos em novembro visitar um casal de amigos na Holanda, e lá mostrando para eles uns sítios baratos que existem no Brasil, pois eles já tentaram de várias formas morar no Brasil, mas nunca obtiveram sucesso. O Brasil é um país que pega pesado com imigrantes europeus nos dias de hoje, bem diferente do que muitos imaginam. Haja vista, que, nós tivemos primeiro que casar na Suíça, pois no Brasil era quase que impossível… mas isso é outro papo.
E mostrando os sítios via internet, no Mercado livre, aconteceu o imprevisto, nós é que gostamos de um em São Luís do Paraitinga, interior de São Paulo. Na serra, 1.200 metros de altitude, cidade histórica, patrimônio do estado, 40 km do belo mar de Ubatuba e 40 km de Taubaté… melhor impossível.
Uma das 72 praias de Ubatuba
Daí todos os planos mudaram; telefonamos para o meu irmão que mora em São José dos Campos, pedimos para ele ir ver o local, mandamos o dinheiro e compramos o sítio, pois ele disse que era bonito, apenas precisaria de uma reforma na casa.
Porém, tínhamos planos de ir para a Ásia, e assim o fizemos em dezembro deste mesmo ano. Naquele continente ficamos até junho de 2006 ralando muito. A Geya matando as saudades de alguns locais, de algumas amigas que por lá moram, e eu ficando vislumbrado com toda aquela cultura, ainda que meio difícil para nós brasileiros, interessante, porém tem coisas muito diferentes.
A Poluída e barulhenta SAIGON
Nessa viagem chegamos a conclusão que não queríamos mais viajar como viajávamos, ou seja: procurando locais baratos para se hospedar, carregando a bagagem nas costas, comendo em restaurantes, dependendo de transportes coletivos, de horários, de normas, etc. Fim, chega, basta!!!
Parece irônico isso, mas é fato, pois o mundo está ficando muito igual, por isso está ficando cada vez mais diferente viajar. Diferente do que era antigamente.
Após o retorno a Suíça, duas semanas foi o máximo que aguentei e vim para o Brasil tomar posse do Sítio. Depois de meses iria conhecer o que compramos. A Geya veio dois meses depois, devido necessitar acertar uma série de coisas por lá, e eu iria aproveitar esse tempo para fazer a reforma na casa.
O sítio ficou lindo – “Recanto dos Viajantes” – o local era um pequeno paraíso. Montamos uma ONG de ecologia, a EcoReal.
Thor e Melissa adoravam tudo aquilo, pelas noites desapareciam para caçar, muito gostoso!
Linda história…parabéns! abraços Pedro.
Obrigado, Pedro !
Super abraços
poxa, é lindo o Recanto dos Viajantes. Imagino que em suas viagens vc deva sentir saudade do Recanto.
uma curiosidade. soube ontem que Holanda — que vc cita — significa, em dutch, holandês, “Terra das Árvores”.
fica aqui a sugestão de, quando der, você publicar nos posts o significado de algumas palavras marcantes locais.
abraços!
Agente evita até ver fotos do Sítio, Paulo – A Geya chorou quando vendemos.
Boa sugestão, vou fazer sim. Agora, que contradição “terra das árvores”, pois eles cortaram tudo.
Super abraços, Mano
Thor e Melissa vieram nessa época de assentamento no sítio? Pq ter um animal, pra quem gosta de viajar, acaba sendo um problema. A menos que se tenha um… motor home! E que fim levou o sítio? a ONG ainda existe, voltaram lá?
Sim, Karina, logo que a Geya veio da Suíça os adotamos. Primeiro o Thor e passado uma semana veio a Melissa. O cômico da história: A Geya quis devolver a Melissa porque era uma fera, e eu quis devolver o Thor porque era mais fera ainda. E no final se tornaram uns amores.
E é isso mesmo, é muito complicado viajar com animal, só de motorhome que dá.
O Sítio vendemos, e a ONG acabou, pois a base dela era o Sítio, o qual se transformou num modelo para a região em termos de preservação. E nunca mais voltamos, ainda que vez ou outra conversamos com a nova proprietária via MSM. Na realidade, doeu muito vendê-lo, mas, ou uma coisa ou outra.
É muito legal ver o que vcs fizeram com o Thor e o que ele fez com vcs. E com Melissa sei que não foi diferente. Bom, muito bom!, que não tenham desistido deles.
O Thor mandou uma cheirada, diz que está com saudades de você…
Olá Edu, Geya. Como eu imaginava, a aquisição do Motorzen deu uma ótima história. Puxa, belo sítio o que vocês tinham. Não fazia ideia que a aquisição de imóveis no Brasil por estrangeiros era tão difícil, seus amigos conseguiram comprar o tão sonhado sítio? Abraços.
Que nada, Max, estão lá na Holanda. Ainda por cima, na última vez que vieram ele ficou retido no aeroporto e teve que pagar uma multa por ter ficado na penúltima vez que veio mais tempo do que o permitido. rsrs.
E terras no Brasil, acontece muito duas coisas com estrangeiros. Uma é usarem “laranjas”, outra é comprarem terras sem documentos.
Abraços